Prestigie a Mídia Judaica

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Documentário inédito: Kristallnacht 70 anos (A Noite das Vidraças Quebradas). produzido pelo Departamento de Comunicação da FIERJ - Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, fruto de dois anos de pesquisas de imagens e digitalização, reunindo um número sem precedentes de imagens dos dias 9, 10 e 11 de novembro de 1938, mais de10 minutos de fotos e filmes, pemitindo ter uma nova leitura sobre o que aconteceu com nossos irmãos na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia. Em geral tudo o que se encontra sobre a Kristallnacht se resume a uma ou outra foto bem "batida" e algumas linhas de texto e narração, como se fora um episódio menor na história da Shoá, (Holocausto) e não a marca trágica de seu início. Mas aqui, Você verá um grande número de sinagogas atacadas, agora identificadas por nome ou localização, além de imagens impressionantes de milhares de homens judeus presos no dia 10, e a inequívoca primeira página do New York Times do dia 11 mostrando a tragédia em Viena. Uma das nossas características como povo é não permitir o esquecimento.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Livro "Os desaparecidos - A procura de 6 em 6 milhões de vítimas do Holocausto"

Por favor, clique na imagem para aumenta-la:



Reproduzido de e-mail da Editora Casa da Palavra.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ESPANHÓIS E PORTUGUESES JUDEUS

................ Edição 099 Domingo, 14 de dezembro de 2008

Um em cada cinco homens espanhóis e portugueses é de descendência judia, revela um novo estudo genético. A pesquisa publicada na última quinta-feira no Jornal Americano da Genética Humana (American Journal of Human Genetics) analisou o cromossomo Y de 1.140 homens da Península Ibérica e das Ilhas Baleares e verificou "uma alta proporção estatística de linhagem de ancestrais norte - africanos (10.6%) e de judeus sefaraditas (19.8%). Estes resultados são uma indicação das conversões religiosas em massa naquelas regiões, ao final do século XV, e da expulsão dos judeus da Espanha.



Judeus torturados pela Inquisição Espanhola


De acordo com os pesquisadores, apesar de possíveis fontes alternativas para as linhagens atribuídas aos judeus de origem sefaradita, estas proporções comprovam o alto número de conversões religiosas (voluntárias ou impostas) ocasionadas por episódios históricos de intolerância social e religiosa, que em conseqüência ocasionaram a integração dos seus descendentes. Por toda a Idade Média, a comunidade judaica da Espanha prosperou sob o domínio muçulmano, e este período tornou-se conhecido como a ‘época de ouro’ da cultura judaica na Península Ibérica.



Os reis católicos assinam o decreto de expulsão dos judeus da Espanha


Com a conquista da Espanha e de Portugal pelos monarcas católicos Ferdinando e Isabel, os judeus tornaram-se o alvo da violência e da opressão, e logo após foram forçados a se converter ao cristianismo ou sair da Espanha. Os judeus que se converteram ao cristianismo foram chamados de "Anusim" (que em hebraico significa "forçados"), e muitos continuaram a observar em segredo as práticas da religião judaica. O novo estudo revela que o número dos “Anusim” era muito maior que os historiadores acreditavam até hoje.



domingo, 14 de dezembro de 2008

El Al Israel Airlines terá vôo direto para Israel

.........Ano 14 | Edição 1.260 | 14 de dezembro de 2008 | Domingo

A partir de abril de 2009 será mais fácil fazer turismo em Israel. A El Al Israel Airlines acaba de anunciar que irá operar vôos diretos entre Tel-Aviv e São Paulo. Os vôos vão partir três vezes por semana. No ano passado, Israel recebeu mais de 30 mil turistas brasileiros. A expectativa é a de que, com essa nova rota, aumente ainda mais o número de brasileiros por lá. Em contrapartida, a El Al acredita que deve aumentar também o número de israelenses que virão ao Brasil para fazer turismo. O presidente da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria, Jayme Blay, se mostrou empolgado com a novidade: “2009 promete ser um ano de grandes mudanças no turismo entre Brasil e Israel. Esperamos que a El Al tenha seu destaque nestas mudanças”, afirmou (Cambici).

sábado, 13 de dezembro de 2008

Bnei Chalutzim e Walk Dance By Steps Apresentam

Por favor, clique na imagem para aumenta-la:

“V Encontro Brasileiro de Estudos Judaicos” reúne conferencistas internacionais na UERJ.

...Ano 14 | Edição 1.259 | 12 de dezembro de 2008 | Sexta-feira

..............Sessão: “Estudos Bíblicos”. Coordenação: Jacob Dolinger.
.......Palestrante: Alexandre Leone (“A Torá Celeste e A Torá do Sinai”)


De 02 a 05 de dezembro foi realizado na UERJ o “V Encontro Brasileiro de Estudos Judaicos” organizado pelo Programa de Estudos Judaicos sob a responsabilidade acadêmica da professora Helena Lewin. O evento teve a participação de um numeroso e atento público que participou de várias discussões que se processaram a partir das apresentações dos temas referentes ao "Judaísmo e Globalização" e aos "60 anos do Estado de Israel e o Oriente Médio". Na longa lista de convidados e conferencistas, estavam Marcos Aguines (Argentina), Joseph Hodara (Israel), Pilar Rahola (Espanha), Esther Musznik, José Ulman Carp (Portugal), Roberto Bachman (Portugal) e Alexandre Leone (Brasil).


Claudia Costin - A Declaração dos direitos de homens, mulheres e crianças e a Educação

Há cerca de 60 anos, num momento de reencontro do mundo consigo mesmo, após o Holocausto e todo tipo de massacres, foi promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas a Declaração Universal dos Direitos Humanos, inspirada pelo Bill of Rights inglês de 1689 e pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada em 1789 pela Assembléia, nos inícios da Revolução Francesa.

No texto da Declaração, direitos como a vida, a liberdade, a segurança pessoal, o acesso à justiça e a presunção de inocência até o estabelecimento judicial da culpa são assegurados junto com vedações como o de escravizar pessoas, interferir na sua vida privada, na família, no lar ou na correspondência, ou atacar sua honra e reputação. Este aniversário deve ser motivo de profunda reflexão sobre o quanto evoluímos neste assunto.

Não por acaso, os direitos humanos guardam forte relação com a democracia moderna que, apesar de ter surgido num determinado momento histórico- associada à forma de estruturação do Estado e do poder pelas 13 colônias americanas que se reuniram para constituir o que depois foi saudado e analisado por Tocqueville no seu célebre “La démocratie en Amérique”. O aristocrata francês entusiasmou-se com a participação da população nas atividades da polis, embora não tenha notado a exclusão de escravos e a existência da pobreza.

Mas nem por isso sua análise perde validade e relevância. A democracia iria, progressivamente, incorporar contingentes maiores da população, ampliando-se para se configurar na poliarquia de Robert Dahl- um sistema em que, além de se admitir o direito de uma oposição organizada, a maioria da população tem o direito de participar exercendo direitos políticos entre os quais o de escolher seus representantes.

Bill Clinton, em palestra recente no Brasil, definiu a democracia como o governo da maioria, respeitados os direitos da minoria. Embora não possamos dizer que ele foi original, pois outros o disseram antes dele, a democracia não pode mais ser entendida apenas como “a maioria decide”, se esta decisão implicar em prejuízo a direitos de grupos étnicos, raciais, religiosos ou de gênero (desde que estes direitos não se coloquem em detrimento dos de outros grupos e não se pretendam totalizantes ou totalitários).

A democracia passa hoje, necessariamente pelo respeito à Declaração Universal dos Direitos Humanos o que, por sua vez, dificilmente pode ocorrer num contexto não democrático. A abordagem dos governos democráticos, em países desenvolvidos, tem se pautado, ao menos no discurso, pelos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Poucos defendem explicitamente um desrespeito ao que, em 1948, ainda com predomínio de governos autoritários e dominação de nações por outras (seja diretamente por meio dos impérios coloniais, seja indiretamente via as neo-colônias da guerra fria), fora aprovado por boa parte dos países.

O discurso exprime uma opinião pública que reage ao desrespeito a direitos, de forma vociferante na mídia e militante em manifestações de ONGs. O século passado, dizia Fernando Pedreira, modificou profundamente a opinião pública após a derrota do nazi-fascismo. Mas não nos enganemos. A lei demanda um olhar vigilante da cidadania.

Os preceitos da Declaração são desafiadores, pois demandam não apenas ações de governantes, mas uma solidariedade entre pessoas e gerações. Não é à toa que seu preâmbulo coloca o documento como “o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações”, sugerindo que cada indivíduo e cada órgão da sociedade se esforcem, através do ensino e da educação, por promover o respeito aos direitos e liberdades explicitados na Declaração.

É um texto que coloca obrigações não só sobre governos, como também sobre indivíduos que, com sua inclusão em boa parte das Constituições nacionais, passaram a ter que respeitar o outro como portador de direitos, como pessoa, independente da raça, etnia, credo ou orientação sexual. E, para tanto, aponta um percurso, além da criminalização de condutas: a Educação, uma abordagem preventiva.

A mesma educação que pôde ser xenófoba na velha Europa, jogando povos uns contra os outros (e que ainda o é em parte do mundo), pode, se for baseada em valores de celebração das diferenças, na constatação de que partilhamos a mesma condição humana, levar a Humanidade a edificar uma sociedade de paz e de convívio com as múltiplas identidades que a integram (e que convivem, como diz Amartya Sen, inclusive dentro de nós mesmos- afinal, somos um e somos muitos).

Não é por acaso que Jacques Delors, em seu célebre relatório sobre a Educação para o século XXI, dizia que ela deveria se basear sobre quatro pilares: aprender a ser, aprender a aprender, aprender a fazer e mais importante ainda, aprender a viver juntos. Neste sentido, a educação deveria, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar o estudante, confortável com suas origens e história familiar, a tomar conhecimento da semelhança e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta.

Para que nunca mais genocídios possam ser praticados, crianças e mulheres agredidas ou impedidas de se desenvolver e realizar seu potencial, pessoas vedadas de trabalhar, estudar ou galgar posições mais elevadas em suas carreiras por suas origens étnicas ou crenças, velhos e homossexuais humilhados em público por sua condição. Para que nunca mais o preconceito triunfe sobre a vida.

CLAUDIA COSTIN é vice-presidente da Fundação Victor Civita e professora no IBMEC-SP. Foi ministra da Administração e Reforma do Estado e secretária da Cultura do Estado de São Paulo. Assumirá a Secretaria Municipal da Educação do Rio de Janeiro

15 de Kislev 5769
12 de Dezembro de 2008


Reproduzido de B'nai B'rith PRESS ESPECIAL


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

JTS Response to Mumbai Attacks

The Board of Trustees, faculty, students, and staff of The Jewish Theological Seminary stand with the world in grieving for all the victims of the terrorist strike in Mumbai. We join the Jewish world, along with our Conservative Movement colleagues in Masorti Olami, the Rabbinical Assembly, and the United Synagogue of Conservative Judaism, in sending condolences to those who were murdered at the Mumbai Chabad House: Rabbi Gavriel and Rivka Holtzberg, the Chabad emissaries who perished in the service of God, Torah, and the Jewish people; Rabbi Bentzion Kruman; Yocheved Orpaz; Norma Shvarzblat Rabinovich; and Rabbi Leibish Teitelbaum.

As we followed the unfolding tragedy in India, we were jolted once more to awareness of all the wrong that needs righting in this world, the evils that must be combated, the suffering that cries out for solace. This tragedy gives occasion to remember that the pursuit of justice and compassion knows no national or religious boundaries. May the families of the victims find comfort in the dedication their loved ones showed to the Jewish people and the world.

Chancellor Arnold Eisen

http://www.jtsa.edu/x11071.xml

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Apenas 40 anos entre Luther King e Obama!

Direitos Humanos, Recriação Permanente
Apenas 40 anos separam a morte de Luther King da eleição de Obama!
Renato Simões

O que mais fascina na militância pelos direitos humanos é a consciência de que, ao mesmo tempo em que estes se afirmam como utopia a ser permanentemente buscada, são também criação e recriação permanentes, obra humana a ser executada.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada solenemente a 10 de dezembro de 1948. Vinte anos depois, negros norte-americanos foram às ruas pelos direitos civis nela contidos. Apenas quarenta anos, portanto, separam o assassinato de Martin Luther King da eleição do primeiro negro presidente dos Estados Unidos. O que teremos daqui a vinte anos?

É essa atualização constante da Declaração Universal que a faz um texto vivo e instigante. Marcado pela crise de uma geração que viu, na II Guerra Mundial, o ser humano capaz das mais vis atitudes e comportamentos, o esforço de construção de uma Declaração Universal de Direitos Humanos sistematizou em seus artigos bases para a convivência humana, entre as Nações e o futuro do planeta.

Ainda distantes para milhões, bilhões de pessoas, os direitos humanos avançam e retrocedem por construções econômicas, sociais e políticas humanas, e é isso que os tornam um devir de responsabilidade de toda a comunidade humana.


O protagonismo fundamental é, via de regra, da imensa massa dos sem-direito, que vão construindo solidariedade e alianças até que seus direitos sejam enunciados, aceitos e promovidos.

Universais, indivisíveis e inter-dependentes, na clássica definição da Conferência de Viena, os direitos humanos desafiam o status quo de todas as maiorias constituídas – políticas, ideológicas, sociais, culturais, sexuais – e se constituem em fonte de deslegitimação das totalidades estabelecidas que se afirmam na negação ou na vigência parcial de seus postulados.


Não à toa, direitos humanos incomodam as maiorias, de todas as naturezas, pelo questionamento cotidiano de suas responsabilidades com a promoção e a defesa dos direitos de todas as pessoas humanas.

Essa atualidade da Declaração Universal dos Direitos Humanos é dada, pois, não só pela luta permanente pela sua vigência plena, como também e principalmente pela capacidade de aprimoramento de seu conteúdo pela luta social e política por novos direitos.


É isso que nos permite dizer, ao olhar para os já longínquos 1948 neste 2008, estamos construindo os direitos humanos do novo milênio, colocando o nosso tijolo nesta grande batalha humana por sociedades justas, fraternas e igualitárias.

RENATO SIMÕES é presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Campinas e Conselheiro Nacional do MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos. Foi deputado estadual (PT/SP, 1995/2007) e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.


14 de Kislev 5769
11 de dezembro de 2008


Reproduzido de B'nai B'rith PRESS ESPECIAL

Judeu, quem é você?

O que quer que você seja, sempre é e será um judeu. Homem ou mulher, jovem ou adulto, empresário, estudante, ecologista, você pode ser o que quiser, lembrando sempre que além disso você é judeu. Mesmo que queira deletar, existe sempre alguém que irá lhe lembrar.

O que é que o faz ser um judeu? Será que a pronúncia do seu nome ou sobrenome soando judaico faz de você um judeu? Ou por que gosta de varenikes e outros pratos tradicionais isso o torna judeu? Ou talvez são seus traços físicos?

Obviamente, nada disto. Há mais de 3300 anos, nossos ancestrais foram escravizados pelos faraós no Egito. Seis milhões de nossos irmãos judeus foram massacrados pelos nazistas. Houveram os gregos, romanos, inquisidores, cruzados e cossacos, para mencionar e se você vivesse em qualquer um destes períodos, teria se tornado uma das vítimas, só porque é judeu. Por que?

Estude História. Quantas civilizações floresceram e desapareceram; quantos impérios se ergueram e caíram. E no entanto, os judeus, embora perseguidos e exilados de país em país, sobreviveram, prosperaram e sempre contribuiram para a cultura e a economia de seus anfitriões através de seu padrão de conduta e moral, sua contribuição intellectual em todos os campos mudando os padrões científicos e políticos do mundo civilizado.

Que elevado poder é este que o judaísmo possui que possa explicar tamanho vigor e tanta durabilidade?

Significa fé em D'us e em sua Torá.
Esta é a base e a resposta do que é ser judeu; uma identidade distinta e força extraordinária. Dessa fé fluíram: amor pela criação de D'us e pelas Suas criaturas; dedicação aos Mandamentos da Torá; glorificação do espiritual sobre o material; veneração ao passado e esperança no futuro; e acima de tudo amor ao estudo da Torá e sua prática.

A rica herança do judaísmo enobreceu a existência de milhões de judeus possibilitando preservarem a sua identidade por muitas gerações. Aos jovens que enfrentavam a vida e aos velhos que enfrentavam a morte, ofereceu propósitos e significados num mundo que era muitas vezes caótico e confuso, não muito distante ou diferente do que vemos hoje.

O judaísmo genuino continua a inspirar cada judeu de volta ao seu legado. Atualmente todos estão procurando por sua verdadeira identidade, valor próprio e significativo, tanto na vida como na morte. Temos tudo isto! Está tudo ao alcance.

Temos dúvidas, muitas perguntas? Existem respostas. Para encontrá-las é preciso construir pontes, experimentar na prática e estudar, não apenas assistindo a uma conferência de uma hora esporadicamente, mas estabelecendo um dia, uma hora diária ou semanal para dedicar-se a esta busca.

Ser judeu é fascinante… Descubra você mesmo!

FONTE: Beit Chabad

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem

Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada pela Assembléia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948. É um desdobramento da Carta da ONU que contemplou, entre os propósitos da organização, “conseguir uma cooperação internacional para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião” (Carta da ONU, artigos 1, 3).

A Carta, ao consagrar entre os seus propósitos a internacionalização sem discriminações dos Direitos Humanos teve, como vis directiva do pactum societatis, nela institucionalizada, a “idéia da obra a realizar” – para falar com Hauriou - da construção de uma sociedade internacional não só de Estados igualmente soberanos mas de indivíduos livres e iguais.

A Declaração Universal é a primeira grande e acabada expressão desta idéia da obra a realizar, pois na sua abrangência atribuiu, pela primeira vez em escala planetária, um relevante papel aos direitos humanos na convivência coletiva.

Neste sentido pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção da vida internacional. É, assim, um evento que guarda semelhança do que foi, a seu tempo, no plano interno dos Estados, com o início da era dos direitos no século XVIII, a passagem do dever dos súditos para os direitos dos cidadãos, para evocar a consagrada formulação de Norberto Bobbio.

Esta passagem tem como objetivo colocar em questão a desigualdade radical entre governantes e governados, caracterizadora de regimes autocráticos, como ensina Kelsen. No plano mundial está voltada para organizar e humanizar a relação governantes-governados por meio de normas de mútua colaboração delimitadoras do escopo das soberanias e voltadas para consagrar o valor do ser humano. É, deste modo, um meio de conter o solipsismo da soberania que elabora a ordem jurídica a partir do subjetivismo do “eu” dos governantes de um Estado.

Representa, desta maneira, um marco na afirmação de uma plataforma emancipatória do ser humano que, na sua dignidade própria detém, para falar com Hannah Arendt, com a dimensão de universalidade, o direito a ter direitos. A Declaração Universal traçou uma política de Direito. Foi a fonte de inspiração que abriu caminho para a internacionalização dos Direitos Humanos. Teve o mérito de não ser apenas uma reação aos problemas do passado que explicam a sua gênese. Contribuiu para projetar valorações fundamentais modeladoras do futuro.

Por isso conserva a fecunda qualidade de um evento inaugural e retém plena atualidade. Cabe celebrá-la neste aniversário dos 60 anos de sua proclamação, pois continua sendo, à maneira do dito de Arquimedes, o grande ponto de apoio para alavancar a sempre desafiante luta em prol dos direitos humanos no mundo

Reproduzido da Newsletter da B'nai B'rith do Brasil.

Jornal ALEF 1.258 - Ato em memória às vítimas de Mumbai

Ano 14 | Edição 1.258 | 10 de dezembro de 2008 | Quarta-feira

Mais de mil pessoas compareceram ao ato em memória às vítimas dos atentados terroristas ocorridos em Mumbai, na Índia, que vitimaram cerca de 195 pessoas, entre elas seis judeus que estavam no Centro Judaico Chabad. Promovido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), pela Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e pelo Chabad Lubavitch, o evento ocorreu domingo passado (dia 07 de dezembro) no Buffet França, em São Paulo.

Durante a cerimônia, houve pronunciamentos do cônsul-geral da Índia, Jeitendra Tripathi; de Claudio Lottenberg, presidente da Conib; de Boris Ber, presidente da Fisesp; e do rabino Eliahu Valt, que falou em nome de todos os rabinos de São Paulo e do exterior. Um dos destaques do evento foi a presença do rabino Leibl Groner, que por mais de 50 anos trabalhou com o rebe de Lubavitch. Em seu discurso, ele destacou: “neste mundo, a única maneira de continuar a crescer, a viver e a encontrar o sentido da vida é procurando os aspectos positivos, mesmo nas situações negativas. Só assim vamos conseguir preencher o vácuo, como o que resultou desse atentado ao Beit Chabad de Mumbai”. Uma apresentação em vídeo mostrou o trabalho feito pela rabino Gavriel Holtzberg e sua esposa Rivka. O ato foi finalizado com a realização do Kadish em memória a todas as vítimas dos atentados terroristas.

Site do Jornal ALEF: www.jornalalef.com.br

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Michelle Obama tem um primo rabino.

Michelle Obama, mulher do candidato democrata à Presidência dos EUA, é prima do rabino negro mais conhecido do país, Capers Funnye.

“O parentesco deu um toque inesperado à tão analisada relação entre Barack Obama e os judeus durante a campanha. Por um lado, organizadores, eleitores e doadores judeus, inclusive de algumas das famílias mais ricas e proeminentes de Chicago, desempenharam um papel essencial na ascensão política de Obama. Mas o Senador por Illinois lutou para superar as suspeitas de alguns grupos da comunidade judaica, inclusive o ceticismo a respeito de sua posição sobre Israel e os rumores, desacreditados mas persistentes, de que ele é, em segredo, muçulmano”, escreve Anthony Weiss no jornal The Forward (uma tradição do jornalismo norte-americano, criado em abril de 1897 como jornal diário em idish). A relação familiar, acrescenta Weiss, tinha passado praticamente desapercebida até agora.

Funnye é o primeiro negro a integrar o Chicago Board of Rabbis e participa também do Jewish Council on Urban Affairs e do American Jewish Congress of the Midwest. É bastante ativo e gosta de falar sobre a importância da aceitação de sua sinagoga pelos outros judeus dos EUA (aproximadamente 5 milhões e 300 mil, a maioria de ascendência asquenazita). Sua congregação, a Beth Shalom B’nai Zaken Ethiopian Hebrew Congregation, tem mais de 200 membros, quase todos negros, e foi fundada em 1918. Ela não é uma congregação apenas negra, e entre seus membros há também brancos judeus.

O rabino nasceu numa família metodista e se converteu ao judaísmo sob a supervisão de rabinos conservadores e ortodoxos. A maioria dos membros da congregação também se converteu na idade adulta. Apesar da expressão “Ethiopian Hebrew” no seu nome, a congregação não tem nenhuma relação com os judeus etíopes acolhidos por Israel nas últimas décadas. Ela é descrita como um misto de conservadora e ortodoxa moderna, com alguma influência afro-americana (um coral canta spirituals, com acompanhamento de percussão). Homens e mulheres sentam-se separadamente.

Conheça o site oficial da Beth Shalom B’nai Zaken Ethiopian Hebrew Congregation http://www.bethshalombz.org/

Reproduzido de:
http://www.pletz.com/blog/2008/09/06/rabino-negro-mais-conhecido-dos-eua-e-primo-de-michelle-obama/

2ª feira 17/11/2008 Rabinos europeus discutem conversões

Líderes de comunidades judaicas na Europa reuniram-se em Praga para discutir as dificuldades que enfrentam nas suas comunidades.

Centenas de rabinos ortodoxos reuniram-se em Praga para partilhar dificuldades e procurar ajuda e soluções para os seus problemas.

Em questão estava o problema das conversões ao Judaísmo, um processo bastante mais complicado do que, por exemplo, no Cristianismo ou no Islã.

Alguns dos rabinos de comunidades mais pequenas apresentaram, contudo, uma queixa peculiar. É que segundo as regras rabínicas, uma conversão apenas pode ser autorizada se existirem na comunidade todas as condições necessárias para essa pessoa poder levar uma vida, que respeite todas as mitzvot da Torah.

Entre outras coisas, a comunidade deve ter mikvê, escolas próprias para o ensino da religião e matadouros que respeitem as regras da cashrut. Para quase todas as atividades religiosas o judaísmo requer um quórum de dez homens judaicos, o Minian.

O problema, segundo alguns rabinos, é que as suas comunidades apenas teriam Minian para poder abrir essas instalações caso os potênciais interessados fossem convertidos. Os interessados estão assim num dilema. Não podem ser convertidos porque não há judeus suficientes na comunidade, e não há judeus suficientes na comunidade porque não podem ser convertidos.

Alguns dos rabinos mais influentes prometeram procurar soluções, mas alertaram para os perigos das conversões: “A conversão pode significar a salvação de uma comunidade, ou a sua destruição. Se tudo for feito de acordo com as leis e os costumes, o converso poderá tornar-se o elo mais forte da sua comunidade. Mas se ele continuar a viver como um gentio, passando para os nossos jovens a ideia de que é permissível comportar-se como um gentio, casar-se com um gentio, isso poderá destruir a comunidade”, alertou Pinchas Goldschmidt, o Rabino Chefe de Moscou.

Entretanto os Judeus russos ficaram sabendo que passaram a poder consumir Vodka, desde que a destilaria Crystal passou a produzir a “Jewish Standard”, que obedece a todos os critérios da alimentação casher, e está certificado pelas autoridades judaicas competentes.

FA/Jerusalem Post

http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=47&ContentId=267168

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

6ª feira 05/12/08 Sandra Samuel: uma heroína em Mumbai.

Reproduzido da newsletter da Federação Israelita do Rio Grande do Sul

Fico tentando imaginar a situação. Os terroristas invadiram o Beit Chabad e todos lá dentro temeram que isto poderia significar seu fim. Rabino Gavriel Holtzberg fez contato com o Consulado Israelense. "A situação não é boa" foi só o que conseguiu pronunciar antes que a linha fosse cortada. Estas foram suas últimas palavras.

Segundo os repórteres que encontraram os corpos, ao que tudo indica Rivka foi assassinada primeiro. Ao ser encontrada, ela estava coberta, enrolada em um talit. Este provavelmente foi o último ato de Gavriel, cobrir sua amada esposa, antes de também ser brutalmente morto.

Mas onde estava Moshe? Onde estaria seu filhinho? Esta é uma dúvida que me corroia.

Estaria ele com seus pais? Não me pareceu, pois estes assassinos não teriam a menor pena da criança. Estes mesmos terroristas haviam atacado a maternidade em um hospital. Eles certamente não tinham nenhum sentimento por bebês.

Imagino que Moshe estivesse em sua cama, talvez seu berço, onde dormiu a noite em algum outro andar do prédio. Pois ao ser encontrado, estava abraçado a um boneco. Talvez o mesmo que costumava levar para a cama ao ir dormir.

Penso em Rivka e o que devia ter passado pela sua mente naqueles momentos terríveis. Encontrariam seu bebê? Matariam ele? Deveria mencionar que ele estava ali? O que iria acontecer quando ele acordasse? E se ele começasse a chorar? Havia alguma coisa que ela pudesse fazer para salvá-lo? Nunca saberemos o que passou pela sua cabeça. Mas toda mãe sabe que seus últimos pensamentos foram direcionados a seu querido filhinho.

Um dos únicos confortos de toda esta tragédia que tirou a vida de 183 vítimas inocentes é o pequeno Moshe que foi salvo heroicamente.

O pequeno Moshe chamou seu nome
Quando uma mãe deixa seu bebê sob os cuidados de outra pessoa,, seja por uma hora ou um dia, isto requer uma tremenda dose de confiança. Rezamos para que a criança fosse bem tratada e entregue a sua família, quando as cenas estavam se desenrolando. Mas quantos de nós poderia afirmar que em uma sitiação destas, de risco de vida, a babá arriscaria sua vida para salvar o menino? Quantos de nós imaginaríamos que na hora a babá não mediria esforços para salvar o bebê?

O casal Holtzberg foi abençoado com esta moça, corajosa e heroína. Não resta dúvidas que se não fosse pelo espírito de lealdade, coragem e bondade de Sandra Samuel, a babá de Moshê, ele não teria sobrevivido a este terrível massacre. Sandra estava no piso térreo do Beit Chabad quando os terroristas invadiram o local. Ela fez barricadas para se proteger das balas e bombas que estavam explodindo, e as quais ouvia acima de sua cabeça. Ela não saiu de seu esconderijo até o dia seguinte, quando parecia que os ataques haviam cessado. Foi só então que ela escutou Moshê chorando, chamando seu nome. Ela poderia facilmente ter escapado, salvando sua vida. Seria compreensível numa situação destas. Afinal de contas, os terroristas não sabiam que havia alguém ainda vivo lá dentro. Se tivessem escutado o choro, voltariam para acabar o serviço. Teria feito senso sair correndo o mais rápido possível. Mas não foi o que fez. O pequeno Moshe estava chamando seu nome. Ela deixou seu quarto, a barricada e subiu as escadas ao encontro de Moshe. Encontrou-o próximo de seus pais, encharcado de sangue. Ela o agarrou e correu.

Milagrosamente, os terroristas que ainda estavam no telhado do Beit Chabad nada escutaram ou viram; nem a ela nem ao Moshe. Milagrosamente este órfão sobreviveu por causa desta babá que arriscou tudo para salvá-lo.

O pequeno Moshe que completou dois anos neste Shabat está agora com seus avós maternos . Eles vivem em Israel onde já cuidam do irmão mais velho de Moshe que é doente e se encontra em tratamento. Não muito tempo atrás Moshe também perdeu outro irmãozinho por uma doença geneticamente degenerativa. Estão trabalhando para obter um visto para Sandra poder acompanhá-los a Israel. Neste momento, o menino só responde a ela.

Quando Moshe crescer saberá tudo o que ocorreu nesta tragédia com seus pais. Qualquer que seja a sua idade, tentará achar o que levaria a toda esta brutalidade, a morte de seus entes mais queridos. Mas não terá capacidade de entender. Ninguém de nós tem. E por mais amáveis que sejam seus avós, eles não são seus pais.

Mas em meio a dor e perda, ele também ouvirá os relatos sobre o trabalho incrível realizado pelos seus pais, shluchim de Chabad, das inúmeras vidas que tocaram e pessoas que ajudaram. E será abençoado pelo conhecimento de que sua babá, a mulher que seus pais confiaram para tomar conta dele, foi quem lhe deu o maior presente e arriscou tudo pelo seu bem estar. Nada aplacará a dor e a perda que Moshe vivenciou. E nada preencherá o vazio que Gavriel e Rivka deixaram ao serem tirados deste mundo. Mas Sandra Samuel é uma luz no meio desta escuridão. Ela é a prova que enquanto pessoas mostram toda sua maldade, outras mostram toda sua grandeza e beleza.
Sandra Samuel é uma verdadeira heroína.

http://www.firs.org.br/artigos/sandra-samuel-uma-heroina-em-mumbai.aspx

4ª feira Uma das nossas características como povo é não permitir o esquecimento.

Moshe, com apenas 2 aninhos, viu seu mundo desmoronar, e ele não chora por sua bola, ela está sob sua mãosinha. Chora pela ausência de papai e mamãe, que nunca mais verá, chora pelo seu calor e carinho, que nunca mais terá. Chora porque viu homens máus retirando-os brutalmente de seu convivio e intuitivamente sabe que nunca mais terá seus sorrisos, sua orientação, suas palavras de incentivo, seu amor incondicional. Sim, será cuidado por seus avós com carinho e amor, mas nunca mais se sentirá enlevado os beijinhos de momy ou brincará estimulado pelo entusiasmo de daddy. E pagará esse preço por toda sua vida, por que? Para que? Em nome de quem?

Olhe bem para esse rostinho sofredor, grave a dor que Moshe carregará por toda sua vida, pois jamais a esquecerá. E Você também não esqueça jamais o ato covarde, inútil e imbecil realizado por essas bestas-fera a serviço do mal.

Uma das nossas características como povo é não permitir o esquecimento, e nunca dar a outra face.

3ª feira 02/12/08 Um conto sobre dois povos.

O longo sofrimento dos tibetanos esteve no noticiário. Isto acontece talvez uma ou duas vezes por década. Num mundo mais moralizado, porém, opinião pública estaria preocupada muito mais com os tibetanos do que com os palestinos, seria tão rude com a China como é com Israel, e estaria adulando Israel como está agora fazendo com a China.

Mas, ai de mim, o mundo é como sempre foi, um lugar extensamente malévolo e moralmente insensível onde poder é considerado muito mais conceituado que o direito.

Considere os fatos: o Tibet, com pelo menos 1.400 anos de idade, é um das mais antigas nações do mundo, tem seu próprio idioma, sua própria religião e até mesmo sua própria etnicidade. Mais de 1 milhão de sua gente foi morta pelos chineses, sua cultura foi sistematicamente apagada, 6.000 dos seus 6.200 monastérios foram pilhados e destruídos, e a maioria de seus monges foi torturada, assassinada ou exilada.

Os palestinos não têm nenhuma destas características. Nunca houve um país palestino, nunca existiu um idioma palestino, nunca houve uma etnicidade palestina, e de qualquer forma nunca existiu uma religião palestina diferente do Islã de qualquer outro lugar. E realmente, "palestino" sempre significou qualquer indivíduo que vivia na área geográfica chamada de Palestina. Durante a maior parte da primeira metade do século 20, o "palestino" e a "Palestina" quase sempre se referiam aos judeus da Palestina. A United Jewish Appeal (Apelo Judaico Unido [dos EUA]), a instituição de caridade judaica mundial, que propiciou ao Estado judeu nascente muito de seus recursos financeiros, era realmente conhecida como United Palestine Appeal (Apelo da Palestina Unida). Comparado aos tibetanos, foram mortos poucos palestinos, sua cultura não foi destruída nem suas mesquitas pilhadas ou saqueadas, e os palestinos receberam bilhões de dólares da comunidade internacional.

Ao contrário da nação agonizante dos tibetanos, há muito mais palestinos hoje do que quando Israel foi criado.

Isto não significa que uma identidade nacional palestina, distinta, não exista agora. Desde a criação de Israel tal identidade surgiu e realmente existe. Nem deve permitir alguém negue que muitos palestinos sofreram com o resultado da criação do terceiro Estado judeu na região, conhecido - desde os tempos em que os romanos renomearam a Judéia - como a Palestina. Mas, isso significa que de todas as causas que mundo poderia adotar, a dos palestinos merecia ficar próximo da última, e a dos tibetanos perto da primeira. Isso especialmente porque os palestinos poderiam ter tido seu próprio Estado em 1947, e eles causaram grande sofrimento ao mundo, enquanto que os tibetanos, muito mais perseguidos ficaram caracterizados por uma doutrina moralmente rigorosa de não-violência.

Assim, a pergunta é: Por quê? Por que os palestinos recebem tal atenção imerecida e apoio, e os tibetanos mais discriminados e perseguidos não receberam virtualmente nenhum apoio ou atenção?

A primeira razão é o terror. Algum tempo atrás, a liderança palestina decidiu, com o apoio impressionante dos palestinos, que assassinando muitos inocentes - primeiro os judeus, e depois qualquer outro - era a forma mais rápida de captar a atenção mundial. Eles tinham razão. Por outro lado, como o The Economist registra na edição de 28 de março de 2008, "os nacionalistas tibetanos quase nunca recorreram às táticas terroristas" é interessante especular como o mundo teria reagido caso os tibetanos tivessem seqüestrado vôos internacionais, matado cidadãos chineses em restaurantes e templos, em ônibus e trens chineses, e massacrado escolares chineses.

A segunda razão é o petróleo e o apoio dos poderosos amigos árabes. Os palestinos têm amigos ricos que controlam o mundo, pois a maior parte dele precisa do produto, o petróleo. Os palestinos têm o apoio irrestrito de todas as nações produtoras de óleo do Oriente Médio, além do apoio muçulmano mundial. Os tibetanos são pobres e não têm o apoio de nenhuma nação, quanto menos de um só produtor de petróleo.

A terceira razão é Israel. Negar que o ativismo a favor dos palestinos no mundo, às vezes, está relacionado à hostilidade contra os judeus é negar o óbvio. Não é possível que a preocupação, imerecida, para com os palestinos esteja desconectada ao fato de que o seu inimigo é o único Estado judeu do mundo. O judaísmo de Israel é a principal parcela do ódio do mundo muçulmano a Israel. Também faz parte da hostilidade da Europa para com Israel: Retratar Israel como opressor suaviza em parte alguma culpa da Europa em relação ao Holocausto - "veja, os judeus não agem melhor do que nós fizemos". Conseqüentemente, compara-se assim Israel aos nazistas.

Uma quarta razão é a China. Se o Tibet tivesse sido esmagado por uma nação européia branca, o tibetanos teriam obtido maior simpatia. Mas, ah!, os seus vizinhos opressores e genocidas não são brancos. E o mundo não leva em conta o assassinato em massa cometido por não-brancos da mesma forma que considera qualquer coisa feita por ocidentais contra não-ocidentais. Além disso, a China é mais poderosa e assustadora do que Israel. Israel tem um grande exército e armas nucleares, mas é a favor do Oeste, é uma sociedade livre e democrática, e tem sete milhões de pessoas num pedaço de terra tão pequeno quanto Belize. A China tem armas nucleares, tem alguns trilhões dólares norte-americanos, um exército crescentemente poderoso e marinha, não é livre nem democrático, é anti-ocidental, e tem 1,2 bilhão pessoas em um país que domina o continente asiático.

Uma quinta razão é a Esquerda do mundo. Como regra geral, a Esquerda demoniza Israel e tem amado a China desde que se tornou comunista em 1948. E dado o poder da Esquerda na mídia mundial, na vida política de tantas nações, nas universidades e nas artes, não é de estranhar que a cruel China seja idolatrada e a humanitária Israel demonizada.

A sexta razão é as Nações Unidas, na qual Israel tem sido condenada com o maior número de resoluções das Assembléias Gerais e do Conselho de Segurança que qualquer outro país no mundo. Ao mesmo tempo, a ONU escolheu a China para seu Conselho de Segurança e nunca a condenou por isto. O patrocínio da China ao Sudão e sua ação genocida contra sua população negra não-árabe, como ocorre em Darfur, passa completamente despercebido em boa parte da ONU, que não a condena por isso, da mesma maneira que no caso do genocídio cultural, da limpeza étnica e da ocupação militar do Tibet.

A sétima razão é noticiário da televisão, a fonte básica das notícias para a maior parte da humanidade. Aparte de seu viés esquerdista, as reportagens da TV só mostram o que pode ser filmado. E quase nenhum país é tão televisionado quanto Israel, enquanto são proibidas reportagens e vídeos feitos no Tibet, como em qualquer outro qualquer lugar na China onde repórteres são estritamente monitorados pelas autoridades chinesas. Nenhum vídeo, nenhuma notícia de televisão. E sem televisão, nenhuma preocupação. Assim, enquanto palestinos aflitos e mortes acidentais de palestinos durante as reações israelenses, moralmente necessárias contra terroristas são transmitidos corriqueiramente pela televisão, a matança de mais de um milhão de tibetanos, a extinção do Budismo tibetano e de sua cultura são não-eventos já que as notícias da televisão não estão preocupadas com isso.

O mundo é injusto, iníquo e moralmente distorcido. E não raro é assim em seu apoio aos palestinos - não importa quantos inocentes eles objetivam assassinar e não importa quanto anti-semitismo ao estilo nazista permeie sua mídia - e na negligência com o cruel tratamento aos seres humanos tibetanos.


* Dennis Prager além de jornalista e colunista da Townhall, é um dos radialistas de maior audiência nos EUA. Atua numa rede nacional de rádio com programas de entrevistas a partir de Los Angeles. É autor de quatro livros, o mais recente, "Happiness is a Serious Problem" ("Felicidade é um Problema Sério"), da HarperCollins. Seu website é www.dennisprager.com.

Fonte - FIRS.

3ª feira 02/12/08 O Triunfo "Made in America" Barak Hussein Obama - Caio Blinder

NOVA YORK- Eu não fiz reportagem na minha rua sem saída em um subúrbio de Nova York para saber como meus vizinhos votaram nas eleições de terça-feira passada. Mas esta na cara que a minha rua, a Hillview Terrace, em Glen Rock, é um retrato desta América que abraçou Barack Obama.

Lá está a família Blinder, um melting pot brasileiro, filipino, judaico, católico e eurasiano. Em casa temos também uma afroamericana, a Luna, nossa cachorrinha cockapoo, mistura de cocker spaniel com poodle, que no ardor da campanha eleitoral passou a ser chamada de Obamita.

Na vizinhança, temos ainda católicos poloneses, judeus ingleses, uma família que também mistura americanos e filipinos, outra bem americana dos velhos tempos que veio recentemente do estado da Virgínia e cubanos anticastristas. Este é o país Obama: urbanizado, suburbanizado, diversificado, com alguns mais crentes do que os outros e todos vivendo dias de ansiedade econômica.

Poucas coisas irritavam mais na campanha eleitoral do que escutar a sinistra Sarah Palin, a candidata a vice dos republicanos, dizer que falava em nome da "América verdadeira", dos valores das pequenas cidades e áreas rurais, ou seja, um país mais homogêneo, branco, suspeito de estrangeiros, imigrantes e de uma atmosfera cosmopolita. Achei ótimo que no seu principal artigo no day after da eleição, o "New York Times" tenha escrito o nome inteiro do quadragésimo-quarto presidente dos EUA: Barack Hussein Obama. Nada a esconder, nenhum motivo de vergonha.

Desta vez não funcionou a velha tática republicana de fazer a campanha dos três Gs, God, gays e guns, ou seja, em nome de Deus, contra os gays e a favor do porte de armas. Em 2008, da era Obama, contou muito mais o G de grana, de um país de aflições econômicas e mais distanciado das guerras culturais que dão vantagem para os republicanos. E basta da papagaiada sobre quem é mais patriótico. Havia uma nostalgia rancorosa na campanha republicana por uma velha América. Existe uma recusa conservadora para aceitar um novo mapa demográfico, étnico, racial e cultural. A vitória de Obama mostra a cara desta nova e "real" América. É uma feição menos homogênea e menos branca, embora brancos ainda sejam a maioria (o que mudará em meados do século).

Outro ponto importante: o primado da identidade racial começa a ser substituído pela celebração do pluralismo e de uma sinergia multirracial. É a turma de minha filha eurasiana, a Ana, de 15 anos, com amigos da Coréia do Sul, Egito, Caribe ou meramente de Nova York/ Nova Jersey.

Negros têm todos os motivos do mundo e da história para estarem em um estado de êxtase, com a vitória de Obama. Escravidão e segregação racial são manchas americanas, mas a eleição também representa um pouco mais da concretização do sonho de Martin Luther King de que pessoas sejam julgadas pelo contéudo do seu caráter e não pela cor de sua pele.

Eu não sou cidadão americano. Mas vivo neste país, desta vez há quase 20 anos. Minha casa é aqui, na rua sem saída em Glen Rock. Há momentos em que me sinto envergonhado desta terra. Esta semana estou muito orgulhoso pelo exemplo de vitalidade e reinvenção.

Jornalista - Caio Blinder.

Fonte - FIRS.

3ª feira 02/12/08 Horrorismo - Sérgio Malbergier, editor da Folha de São Paulo,

Hisashi Tsuda, empresário japonês de 38 anos, pai de dois filhos, estava fazendo o check-in no hotel Oberoi, em Mumbai, quando tomou três tiros, no abdome, no peito e na perna. Morreu no hospital. "Era um jovem promissor", disse em Tóquio o presidente da empresa para a qual trabalhava. Um alemão, um australiano, um inglês, dois franceses, dois americanos e muitos indianos estão também entre as dezenas de inocentes bestialmente mortos no ataque terrorista contra Mumbai, o centro econômico da Índia, que teve o seu 11 de Setembro nesta semana. Um dos principais fracassos de Bush foi na promoção da justa guerra contra o terrorismo, que ele traduziu para o mundo como a invasão desastrada do Iraque, as torturas em Abu Ghraib e as ilegalidades de Guantánamo, alienando aliados. Mas, como os ataques contra a metrópole indiana rebatem mais uma vez, o terrorismo segue como forte ameaça à estabilidade global e fonte de iniqüidades inaceitáveis nas vésperas da posse de Barack Obama na Casa Branca. Não poderia ser diferente. As condições que geraram a onda terrorista no mundo muçulmano estão praticamente intactas. Os países islâmicos seguem quase todos ditaduras fechadas, principalmente no mundo árabe, que oprimem a população, a economia, o conhecimento, as mulheres, as diversidades, as liberdades.

Uma das poucas coisas toleradas, num pacto de governabilidade sufocante, é a intensa atividade religiosa, crescente em pleno século 21. Há muito mais mulheres no Cairo hoje que se cobrem com o véu do que há 40 anos. O islã tornou-se válvula de escape e de dignidade diante de regimes autocráticos e corruptos. Mas esse caldo fervoroso pariu também o islã radical e niilista da Al Qaeda e de outras centenas de grupos extremistas que vestem crianças de cinco anos como meninos-bomba para desfilar em paradas sob aplausos efusivos do público! A legitimidade dessa turba assassina diante de milhões e milhões de muçulmanos é assustadora e deprimente. A aceitação de seu discurso de ódio e destruição, onde o não-muçulmano é o infiel a ser combatido, o judeu é o porco, o cristão, o cruzado, choca. Em Mumbai, símbolo da explosão de crescimento e da vitalidade indiana e uma das histórias felizes deste século, os terroristas, segundo relatos, riam na execução da carnificina, disparando catarticamente contra tudo e todos e buscando estrangeiros, principalmente americanos, britânicos e, como sempre, judeus.

Analistas tentam explicar essa banalização do mal em curso no islã radical: na Índia, são os problemas da Caxemira e de uma minoria em meio a centenas de milhões de hindus; no Iraque, a ocupação americana; nos territórios palestinos, a ocupação israelense. Mas não são essas as explicações para ataques indiscriminados contra civis em pizzarias, hospitais, ônibus, hotéis, com rituais de degola de reféns indefesos expostos com orgulho na internet, ao som de hinos religiosos e heróicos. A explicação é muito mais profunda e está dentro do mundo islâmico, não fora dele. A verdadeira "jihad" (guerra santa) de Osama Bin Laden nunca foi contra a América e os infiéis, mas pelo trono de Meca, centro do islã sob o comando da família real saudita, que ele chama de corrupta e vendida aos cruzados do Ocidente.

Os atos terroristas nem têm mais reivindicações específicas. Promovem o horror pelo horror, no que o célebre romancista inglês Martin Amis chamou de horrorismo em célebre ensaio para o jornal "Observer", em 2006. Nada mudou desde então. O horrorismo segue aceito em grandes círculos, fazendo mais vítimas inocentes (a maioria de próprios muçulmanos, no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão). É uma ameaça global, e a resposta a ele tem de ser global. Quem sabe Obama, chamado na semana passada de "escravo negro a serviço dos brancos" pelo número 2 da Al Qaeda, Ayman Al Zawahiri, poderá promovê-la melhor.

Sérgio Malbergier, editor da Folha de São Paulo,

Fonte: FIRS

3ª feira 02/12/08 A Torá sendo removida da Nariman House do Chabad.


Voluntários da ZAKA foram de Israel para a Índia fazer a terrível mitzvá

a que se propõem. Na foto pode-se ver a Torá sendo removida

da Nariman House do Chabad.

Fonte: FIRS

3ª feira 02/12/08 Repúdio ao Terrorismo no Beit Chabad, com a presença do Grupo de Diálogo Inter-religioso de Porto Alegre.

A Federação Israelita do Rio Grande do Sul dentro de sua visão política de valorização de uma sociedade plural, regida pela tolerância e respeito, condena com veemência os atos de violência perpetrados na Índia na semana passada e se solidariza com as vítimas deste episódio, em especial com a comunidade Lubavitch que perdeu na última sexta-feira membros de sua família, brutalmente assassinados após terem sido reféns por mais de 48 horas na sua sede em Mumbai.

Por esta razão, a Federação Israelita do Rio Grande do Sul realizou hoje (terça-feira 2 de dezembro), às 18 horas, na sede do Beit Chabad, um Ato em Repúdio ao Terrorismo e em Solidariedade às Vítimas dos Ataques em Mumbai.

Estiveram presentes representantes da FIRS e suas filiadas, além de lideres religiosos que fazem parte do Grupo de Diálogo Inter-religioso de Porto Alegre.

A comunidade judaica gaúcha espera que conflitos como este não se repitam e que uma convivência saudável e pacífica seja o objetivo maior de todos os povos.

3ª feira 02/12/08 Con Lágrimas en los Ojos - Por Eli Levy

Este mensaje probablemente sea uno de los más difíciles de escribir.

Estoy frente a la computadora tratando de describir de alguna forma los sentimientos personales y de todo Jabad frente a lo ocurrido este viernes en Mumbay, India.

Perdimos un hermano.

Siento que el asesinato a sangre fría de otro Shliaj de Jabad, es tan doloroso como si fuera un ser querido de la familia más cercana.

El Rabino Gabriel Holtzberg y su esposa Rivky eran personas de una sonrisa amplia y sincera, de modales dulces y educados, llamaba mucho la atención su dulzura y bondad.

Tuve el merito de conocerlo personalmente. La primera vez que lo conocí fue cuando, en su adolescencia, vino a estudiar a la Argentina a la Ieshiva de Jabad en Buenos Aires en el año 1993. Durante las vacaciones de verano vino a la provincia de Tucumán a ocuparse de nuestra comunidad, yo en ese entonces tenía 11 años y el 15. Recuerdo que usaba un saco largo según la costumbre Jerusalemita, ya se podía ver que era un joven de cualidades extremadamente bondadosas.

En el año 2005 durante el Congreso Internacional de Shlujim de Jabad nos volvimos a encontrar y nos contó que estaba viviendo en Mumbay, India. Nos dijo que cuando había recibido la oferta de ir a este país recordó su visita a Tucumán y se dijo a si mismo 'Si la familia Levy pudo en aquella alejada provincia Argentina, yo también podré en la India'. Recuerdo que con mi padre caminamos orgullos al saber que habíamos influenciado de alguna forma a un joven Shalíaj a tomar la desinteresada decisión de dedicar su vida en una comunidad tan alejada.

Nunca hubiéremos pensado que llegaría a entregar la vida literalmente en su sagrada misión.

Muchos se preguntan ¿Por qué? ¿Cómo es posible? Estas son preguntas por las cuales no tenemos respuesta, como dijo el Rebe de Lubavitch, que su mérito nos proteja, respecto al Holocausto. Esto se lo debemos preguntar a Di-s.

Muchos me preguntaron qué debemos hacer ahora. Antes que nada, no podemos bajar los brazos, no dejar que los terroristas, Iemaj Shemam (borrado sea su nombre), se salgan con la suya, inspirando terror y amargura. Debemos hacer lo que Gabriel y Rivky hubieran hecho. Debemos continuar en el camino por el que ellos dieron la vida; debemos hacer que de esta situación salga aun más luz y bondad hacia el mundo.

Por eso exhorto a cada uno de los lectores a que tomen una decisión positiva en honor a la elevación de las almas de Gabriel y Rivky Holtzberg, Hashem Ikom Damam. Cada uno en su entorno, en su medio tratar de traer luz y bendición.


Por Eli Levy

Eli Levy es director de Beit Jabad Colegiales - Buenos Aires y es editor de Jabad.com.

3ª feira 02/12/08 Comunidade Judaica Repudia Atos Terroristas na Índia.

A comunidade judaica brasileira, por sua representante, a Confederação Israelita do Brasil, vem a público repudiar os atos terroristas ocorridos em Mumbai, Índia. Claudio Lottenberg, presidente da CONIB, manifestou a solidariedade e a preocupação da comunidade judaica brasileira com relação a esses lamentáveis acontecimentos.


Loja Herut-B'nai B'rith-Rio de Janeiro: condolências ao povo da Índia.


A B'nai Brith, bicentenária organização de direitos humanos, lamenta os trágicos atos de terrorismo ocorridos em Mumbai, na Índia. Esse terror serve de alerta para todos nós por estarmos sujeitos às criminosas ações terroristas que se espalham numa rede global, por todos os países do mundo, sempre à espreita pelo melhor momento para atacar. Nossas orações se dirigem às famílias das vítimas, e transmitimos nossas condolências ao povo e governo da Índia. Preocupamo-nos, em especial, com os alvos judeus nesses ataques terríveis, e estendemos nossas condolências ao Chabad-Lubavitch. Conclamamos a todos os povos livres e amantes da paz, e em defesa da democracia e da liberdade, a combater esses terroristas que praticaram crime contra a humanidade. Esperamos a punição dos culpados.

Fonte: B'nai B'rith RJ


A B`nai B'rith do Brasil se solidariza com a comunidade Chabad-Lubavitch pela morte do Rabino Gabriel Holtzberg e de sua esposa Rivka, em Mumbai; com o povo da Índia pelo sofrimento, com as famílias de diversos israelenses e estrangeiros vitimados pelo terror naquele país e lamenta que, no século 21, o ser humano ainda se encontre à mercê da barbárie dos que não aceitam a convivência na diversidade e a pluralidade de idéias, religiões e etnias.


Fonte: B'nai B'rith do Brasil

2ª feira 01/12/08 Assassinado enquanto falava com o Consulado de Israel.

O Rabino Gavriel Holtzberg, a direita, realiza um casamento em Mumbai, sua esposa está à esquerda.

Gavriel Holtzberg, falecido aos 29 anos, era israelense. Mudou-se para Crown Heights, Brooklyn, NY, com seus pais, aos nove anos. Estudante destacado, foi bi campeão em competições que premiavam quem mais memorizava a Mishná, um compêndio de leis e decretos Rabínicos compilada no século II da Era Comum.Cursou Yeshivot (Academia rabínica), em Nova York e Argentina, tendo participado de programas especiais ajudando os rabinos das comunidades da Tailândia e China, a desenvolver suas atividades, enquanto ainda era estudante.

Sua esposa Rivka tinha 28 anos, nasceu em Afula, Israel. Sua irmã Chayki Rosenberg a descreve como alguém dedicada profundamente, de corpo e alma, a outros judeus e pessoas da comunidade. “Ela lecionava muitas aulas para diversos grupos de mulheres no Beit Chabad, sempre transmitindo mensagens positivas a todos”.

Dois anos atrás, o casal havia conseguido levantar fundos para a construção de sua sede em Mumbaim, composta por cinco andares e localizada em uma área próxima aos hotéis, restaurantes e centros de compras muito frequentada por turistas. Além dos diversos cursos ministrados a todas as faixas etárias da comunidade, prestavam serviços comunitários como fornecimento de comida casher, realização de cerimônias como brith–milá, bar mitzvá e casamentos judaicos.

O último contato que foi registrado como tendo sido feito pelo Rabino Gavriel foi com o consulado israelense informando sobre a invasão dos terroristas ao Beit Chabad.

"Gavriel fez uma ligação para o consulado israelense
enquanto estava em poder dos criminosos.
No meio da conversa ele foi assassinado"

TV americana CNN

2ª feira 01/12/08 Jornal ALEF: "O mundo não pode calar!"

Ele tinha apenas 29 e ela apenas 28 anos.

Nota de pesar do Beit Chabad

"É com pesar que publicamos a trágica notícia do falecimento de nossos queridos shluchim, emissários, diretores do Chabad-Lubavitch de Mumbai, Rabino Gavriel e sua esposa Rivka Holtzberg, ao lado de tantas pessoas inocentes,vitimas do covarde e brutal assassinato realizado por terroristas, em um dos piores episódios ocorridos".

"Enviamos nossas condolências às suas famílias bem como a todas as famílias que perderam seus entes queridos neste atentado. Continuaremos nossas preces pelo pronto restabelecimento de todos os feridos. Rabino Avraham Steinmetz".

"O Beit Lubavitch-RJ enviou uma mensagem ao Jornal ALEF através da qual repudiou a violência e as atrocidades cometidas por terroristas em Mumbai (Índia) e afirmou que está dirigindo suas orações às vítimas e reféns de todas as raças, credos e nacionalidades, bem como a seus familiares. O texto foi assinado pelo rabino Yehoshua B. Goldman e por Alberto Moszkowicz, respectivamente diretor-geral e presidente do Beit Lubavitch".


Moshe, o filhinho de dois anos foi salvo por sua babá, que aproveitou-se de um momento de distração dos terroristas para retira-lo, com suas roupas encharcadas do sangue de seus pais,e nesta foto, feita algumas horas após, vê-se claramente sua expressão, um mixto de sofrimento e perplexidade.
Os pais de Rivky conseguiram chegar a Mumbai na sexta-feira pela manhã,apenas para levar seu neto, órfão de pai e mãe, resgatado da cena indescritivelmente trágica e lamentável.

5ª feira 27/11/08 A única declaração lúcida, até o momento, foi a de Barack Obama.

"Alguns poucos governos estão se solidarizando com a Índia, mas infelizmente com pronunciamentos fracos, apenas repudiando o ataque".

"A única declaração lúcida, até o momento, foi a de Barack Obama, que criticou duramente " a ideologia que forma os terroristas", e é esta a questão que importa."

José Roitberg - jornalista e diretor de "Comunidade na TV, da FIERJ"

5ª feira 27/11/08 Os terroristas chegaram em um carro da polícia, enquanto o Rabino estava na Internet.

Entre 4 a 6 terroristas chegaram em um carro da polícia e a ação começou com o lançamento de uma granada de mão contra um posto de gasolina nas proximidades. Em seguida a Sinagoga foi invadida, enquanto o rabino Gavriel Holtzberg, na foto à esquerda, estava conversando na Internet com um amigo.

Sabe-se que entre as pessoas presentes estavam, Gabriel Noach Ben Freida Bluma, Rivka Bat Yehudit, Moshe Tzvi Ben Rivka, Rabino e Rebetzin Holtzberg e o seu nenê.

5ªfeira 27/11/08 O texto abaixo é do boletim "FIERJ Digital", reproduzido e divulgado pelo "B'nai B'rith Press Especial".

O texto a seguir é do boletim "FIERJ Digital", reproduzido e divulgado pelo

"
B'nai B'rith Press Especial".

"Não é o primeiro grande ataque muçulmano na Índia. Isso começou com a Partilha do Sub-Continente Indiano em 1947, com a criação da Índia ( reunindo Hindus, Siks, Budistas e outros) e dois Paquistões - o Oriental, hoje Bangladesh e o Ocidental, hoje Paquistão, ambos muçulmanos. As populações foram instadas a se deslocar, como na Partilha da Palestina, e esse deslocamento gerou muitos episódios sangrentos, com um total aceito historicamente de um milhão de mortos. Após isso, Paquistão e Índia entraram em guerra por três vezes, e ambos tem armas atômicas. A situação da Cashemira não foi resolvida na Partilha e é um centro de violência constante. Terroristas muçulmanos já atacaram na Índia dezenas de vezes".

"A descaracterização que está sendo feita, imaginando-se que esse bando de terroristas muçulmanos foi atacar objetivos turísticos e cidadãos americanos e ingleses é uma abordagem inconseqüente e perigosa. Dentro do Islã Radical idealizado, há 3 tipos de pessoas, como ocorria nos Impérios Islâmicos: muçulmanos - com direitos totais; dihmmys - monoteístas com direitos civís, mas sem direitos políticos; e politeístas, que não possuiam quase direito algum. Grande parte da Índia foi controlada pelos impérios islâmicos".

"Este ataque se dá, praticamente, no mesmo dia em que a Malásia proibiu a pratica da Ioga (originária da Índia), alegando que praticar Ioga desvirtua o Islã e agride a Allah! Alguns juristas da Malásia interpretam que pode-se praticar os exercícios desde que em silêncio. Ontem, a Indonésia disse que pretende seguir o banimento iniciado na Malásia, mas que fará ainda mais consultas às lideranças políticas e sociais do país. Há poucos dias atrás os terroristas do massacre de Bali (Indonésia) foram executados. Portanto há um contexto regional e nada é isolado".

"O ataque foi de muçulmanos que adotam a interpretação radical da Al Qaeda, contra a maior sociedade democrática politeísta, e buscando como alvos os dihmmys, no caso: cristãos e judeus. Hoje essas três denominações são abrangidas pela qualificação "infiéis imundos, não humanos, que devem ser encaminhados para o inferno."

José Roitberg - jornalista e diretor de "Comunidade na TV, da FIERJ"

5ªfeira 27/11/08 Rabino e sua família, entre outras, ficam reféns durante ataque terroristas em Mumbai na Índia.


Os hospitais em Mumbai ficaram lotados, os feridos já passaram de 300, e os mortos de 125.

Mombai, a capital econômica da India, foi cenário uma série de atentados coordenados, executados por homens fortemente armados, que atacaram dois hotéis cinco estrelas e outros pontos da cidade, como a estação central de trens, um hospital e uma sinagoga.

Segundo testemunhas, os terroristas procuravam principalmente reféns americanos e britânicos. O britânico Rakesj Patel contou a um canal indiano que foi mantido ao lado de mais de 10 pessoas como refém, por homens armados, nos andares superiores do Hotel Taj Mahal.

"Eram muito jovens, pareciam crianças. Disseram que queriam todos que tivessem passaportes britânicos e americanos", afirmou, antes de relatar que conseguiu escapar ao lado de outro refém.

De acordo com o presidente da Federação Judaica Indiana, Jonathan Solomon, homens armados mantém como reféns o rabino e sua família, entre outras, na sinagoga Nariman House.

Uma ação coordenada pelo exército indiano, e pela polícia, fez parte da ofensiva contra os terroristas, que mataram mais de 125 pessoas na série de atentados ocorridos na quarta-feira, e fizeram centenas de reféns estrangeiros, em dois hotéis de luxo e outros pontos de Mombai.

Os feridos já passam de 300. Os militares organizaram um cerco aos três principais alvos dos ataques; além dos dois hotéis de luxo, militantes mantêm reféns na sinagoga Nariman House.

Policiais e soldados, que tentaram retomar o controle dos hotéis, trocaram tiros com os terroristas, ao mesmo tempo em que eram ouvidas explosões na região. De acordo com fontes oficiais, pelo menos cinco estrangeiros morreram - um alemão, um italiano, um britânico, um japonês e um australiano.

Os atentados foram reivindicados por um grupo até agora desconhecido que se apresentou como "Deccan Mujahedines"

Um dos terroristas envolvidos nos ataques afirmou, em uma entrevista a um canal de televisão, que o grupo luta para fazer com que o islamismo não seja mais perseguido na Índia.

"Os muçulmanos na Índia não deveriam ser perseguidos. Amamos nosso país, mas quando nossas mães e irmãs eram assassinadas, onde estava todo o mundo?", declarou ele ao canal "India TV", por telefone do interior do hotel Oberoi, antes de exigir a libertação de todos os militantes islamicos detidos no país.