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Documentário inédito: Kristallnacht 70 anos (A Noite das Vidraças Quebradas). produzido pelo Departamento de Comunicação da FIERJ - Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, fruto de dois anos de pesquisas de imagens e digitalização, reunindo um número sem precedentes de imagens dos dias 9, 10 e 11 de novembro de 1938, mais de10 minutos de fotos e filmes, pemitindo ter uma nova leitura sobre o que aconteceu com nossos irmãos na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia. Em geral tudo o que se encontra sobre a Kristallnacht se resume a uma ou outra foto bem "batida" e algumas linhas de texto e narração, como se fora um episódio menor na história da Shoá, (Holocausto) e não a marca trágica de seu início. Mas aqui, Você verá um grande número de sinagogas atacadas, agora identificadas por nome ou localização, além de imagens impressionantes de milhares de homens judeus presos no dia 10, e a inequívoca primeira página do New York Times do dia 11 mostrando a tragédia em Viena. Uma das nossas características como povo é não permitir o esquecimento.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

3ª feira 02/12/08 Um conto sobre dois povos.

O longo sofrimento dos tibetanos esteve no noticiário. Isto acontece talvez uma ou duas vezes por década. Num mundo mais moralizado, porém, opinião pública estaria preocupada muito mais com os tibetanos do que com os palestinos, seria tão rude com a China como é com Israel, e estaria adulando Israel como está agora fazendo com a China.

Mas, ai de mim, o mundo é como sempre foi, um lugar extensamente malévolo e moralmente insensível onde poder é considerado muito mais conceituado que o direito.

Considere os fatos: o Tibet, com pelo menos 1.400 anos de idade, é um das mais antigas nações do mundo, tem seu próprio idioma, sua própria religião e até mesmo sua própria etnicidade. Mais de 1 milhão de sua gente foi morta pelos chineses, sua cultura foi sistematicamente apagada, 6.000 dos seus 6.200 monastérios foram pilhados e destruídos, e a maioria de seus monges foi torturada, assassinada ou exilada.

Os palestinos não têm nenhuma destas características. Nunca houve um país palestino, nunca existiu um idioma palestino, nunca houve uma etnicidade palestina, e de qualquer forma nunca existiu uma religião palestina diferente do Islã de qualquer outro lugar. E realmente, "palestino" sempre significou qualquer indivíduo que vivia na área geográfica chamada de Palestina. Durante a maior parte da primeira metade do século 20, o "palestino" e a "Palestina" quase sempre se referiam aos judeus da Palestina. A United Jewish Appeal (Apelo Judaico Unido [dos EUA]), a instituição de caridade judaica mundial, que propiciou ao Estado judeu nascente muito de seus recursos financeiros, era realmente conhecida como United Palestine Appeal (Apelo da Palestina Unida). Comparado aos tibetanos, foram mortos poucos palestinos, sua cultura não foi destruída nem suas mesquitas pilhadas ou saqueadas, e os palestinos receberam bilhões de dólares da comunidade internacional.

Ao contrário da nação agonizante dos tibetanos, há muito mais palestinos hoje do que quando Israel foi criado.

Isto não significa que uma identidade nacional palestina, distinta, não exista agora. Desde a criação de Israel tal identidade surgiu e realmente existe. Nem deve permitir alguém negue que muitos palestinos sofreram com o resultado da criação do terceiro Estado judeu na região, conhecido - desde os tempos em que os romanos renomearam a Judéia - como a Palestina. Mas, isso significa que de todas as causas que mundo poderia adotar, a dos palestinos merecia ficar próximo da última, e a dos tibetanos perto da primeira. Isso especialmente porque os palestinos poderiam ter tido seu próprio Estado em 1947, e eles causaram grande sofrimento ao mundo, enquanto que os tibetanos, muito mais perseguidos ficaram caracterizados por uma doutrina moralmente rigorosa de não-violência.

Assim, a pergunta é: Por quê? Por que os palestinos recebem tal atenção imerecida e apoio, e os tibetanos mais discriminados e perseguidos não receberam virtualmente nenhum apoio ou atenção?

A primeira razão é o terror. Algum tempo atrás, a liderança palestina decidiu, com o apoio impressionante dos palestinos, que assassinando muitos inocentes - primeiro os judeus, e depois qualquer outro - era a forma mais rápida de captar a atenção mundial. Eles tinham razão. Por outro lado, como o The Economist registra na edição de 28 de março de 2008, "os nacionalistas tibetanos quase nunca recorreram às táticas terroristas" é interessante especular como o mundo teria reagido caso os tibetanos tivessem seqüestrado vôos internacionais, matado cidadãos chineses em restaurantes e templos, em ônibus e trens chineses, e massacrado escolares chineses.

A segunda razão é o petróleo e o apoio dos poderosos amigos árabes. Os palestinos têm amigos ricos que controlam o mundo, pois a maior parte dele precisa do produto, o petróleo. Os palestinos têm o apoio irrestrito de todas as nações produtoras de óleo do Oriente Médio, além do apoio muçulmano mundial. Os tibetanos são pobres e não têm o apoio de nenhuma nação, quanto menos de um só produtor de petróleo.

A terceira razão é Israel. Negar que o ativismo a favor dos palestinos no mundo, às vezes, está relacionado à hostilidade contra os judeus é negar o óbvio. Não é possível que a preocupação, imerecida, para com os palestinos esteja desconectada ao fato de que o seu inimigo é o único Estado judeu do mundo. O judaísmo de Israel é a principal parcela do ódio do mundo muçulmano a Israel. Também faz parte da hostilidade da Europa para com Israel: Retratar Israel como opressor suaviza em parte alguma culpa da Europa em relação ao Holocausto - "veja, os judeus não agem melhor do que nós fizemos". Conseqüentemente, compara-se assim Israel aos nazistas.

Uma quarta razão é a China. Se o Tibet tivesse sido esmagado por uma nação européia branca, o tibetanos teriam obtido maior simpatia. Mas, ah!, os seus vizinhos opressores e genocidas não são brancos. E o mundo não leva em conta o assassinato em massa cometido por não-brancos da mesma forma que considera qualquer coisa feita por ocidentais contra não-ocidentais. Além disso, a China é mais poderosa e assustadora do que Israel. Israel tem um grande exército e armas nucleares, mas é a favor do Oeste, é uma sociedade livre e democrática, e tem sete milhões de pessoas num pedaço de terra tão pequeno quanto Belize. A China tem armas nucleares, tem alguns trilhões dólares norte-americanos, um exército crescentemente poderoso e marinha, não é livre nem democrático, é anti-ocidental, e tem 1,2 bilhão pessoas em um país que domina o continente asiático.

Uma quinta razão é a Esquerda do mundo. Como regra geral, a Esquerda demoniza Israel e tem amado a China desde que se tornou comunista em 1948. E dado o poder da Esquerda na mídia mundial, na vida política de tantas nações, nas universidades e nas artes, não é de estranhar que a cruel China seja idolatrada e a humanitária Israel demonizada.

A sexta razão é as Nações Unidas, na qual Israel tem sido condenada com o maior número de resoluções das Assembléias Gerais e do Conselho de Segurança que qualquer outro país no mundo. Ao mesmo tempo, a ONU escolheu a China para seu Conselho de Segurança e nunca a condenou por isto. O patrocínio da China ao Sudão e sua ação genocida contra sua população negra não-árabe, como ocorre em Darfur, passa completamente despercebido em boa parte da ONU, que não a condena por isso, da mesma maneira que no caso do genocídio cultural, da limpeza étnica e da ocupação militar do Tibet.

A sétima razão é noticiário da televisão, a fonte básica das notícias para a maior parte da humanidade. Aparte de seu viés esquerdista, as reportagens da TV só mostram o que pode ser filmado. E quase nenhum país é tão televisionado quanto Israel, enquanto são proibidas reportagens e vídeos feitos no Tibet, como em qualquer outro qualquer lugar na China onde repórteres são estritamente monitorados pelas autoridades chinesas. Nenhum vídeo, nenhuma notícia de televisão. E sem televisão, nenhuma preocupação. Assim, enquanto palestinos aflitos e mortes acidentais de palestinos durante as reações israelenses, moralmente necessárias contra terroristas são transmitidos corriqueiramente pela televisão, a matança de mais de um milhão de tibetanos, a extinção do Budismo tibetano e de sua cultura são não-eventos já que as notícias da televisão não estão preocupadas com isso.

O mundo é injusto, iníquo e moralmente distorcido. E não raro é assim em seu apoio aos palestinos - não importa quantos inocentes eles objetivam assassinar e não importa quanto anti-semitismo ao estilo nazista permeie sua mídia - e na negligência com o cruel tratamento aos seres humanos tibetanos.


* Dennis Prager além de jornalista e colunista da Townhall, é um dos radialistas de maior audiência nos EUA. Atua numa rede nacional de rádio com programas de entrevistas a partir de Los Angeles. É autor de quatro livros, o mais recente, "Happiness is a Serious Problem" ("Felicidade é um Problema Sério"), da HarperCollins. Seu website é www.dennisprager.com.

Fonte - FIRS.

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