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Documentário inédito: Kristallnacht 70 anos (A Noite das Vidraças Quebradas). produzido pelo Departamento de Comunicação da FIERJ - Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, fruto de dois anos de pesquisas de imagens e digitalização, reunindo um número sem precedentes de imagens dos dias 9, 10 e 11 de novembro de 1938, mais de10 minutos de fotos e filmes, pemitindo ter uma nova leitura sobre o que aconteceu com nossos irmãos na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia. Em geral tudo o que se encontra sobre a Kristallnacht se resume a uma ou outra foto bem "batida" e algumas linhas de texto e narração, como se fora um episódio menor na história da Shoá, (Holocausto) e não a marca trágica de seu início. Mas aqui, Você verá um grande número de sinagogas atacadas, agora identificadas por nome ou localização, além de imagens impressionantes de milhares de homens judeus presos no dia 10, e a inequívoca primeira página do New York Times do dia 11 mostrando a tragédia em Viena. Uma das nossas características como povo é não permitir o esquecimento.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Caio Blinder: A esquerda e a crença na virtude dos oprimidos.


Caio Blinder

NOVA YORK - Eu faço minhas as perguntas da jornalista espanhola Pilar Rahola, que não é judia e ainda se considera de esquerda. Num texto perplexo que circula na Internet, está uma saraivada de questões:

por que não vemos manifestações em cidades européias contra ditaduras islâmicas? Por que não existe tanta solidariedade com as vítimas de terrorismo em Israel como quanto às vítimas dos bombardeios israelenses em Gaza? Por que não se defende o direito de Israel de se defender e de existir? Por que se confunde a defesa da causa palestina com a justificativa do terrorismo palestino?


A fúria contra Israel não é acompanhada de indignação com as barbaridades praticadas pelos regimes do Irã e Síria, patrocinadores do Hamas, contra os seus cidadãos, ou da opressão em geral no mundo árabe-islâmico.

Não se trata de desviar as atenções do que esta acontecendo em Gaza. A população civil palestina está pagando um preço terrível. É um ônus moral e político para Israel, país fadado hoje em dia a ser rotulado de genocida enquanto no mundo islâmico se faz vista grossa ao genocídio praticado em Darfur pela ditadura islâmica do Sudão.

Não se trata de fechar os os olhos a barbaridades praticadas por Israel na sua luta de independência e nos combates para sobreviver em uma região hostil, onde por décadas havia a promessa de ditaduras árabes de jogar os judeus ao mar.

O recado genocida hoje é transmitido pelo iraniano Mahmoud Ahmadinejad, enquanto grupos como o Hamas esposam o culto da morte. As mãos de Israel, é verdade, também estão sujas de sangue. Terrorismo foi praticado por seus dirigentes, como Menachem Begin e Yitzhak Shamir.

Mas de volta a Pilar Rahola e sua perplexidade. Existe esta obsessão com Israel. A esquerda global está obcecada para combater uma das democracias mais sólidas do planeta, onde a imprensa questiona furiosamente as autoridades e há um intenso debate sobre os limites do poder militar ou como adquirir um modus vivendi com os vizinhos. Qualquer gesto de solidariedade a Israel é tratado como prova de boçalidade ideológica.

Como Pilar Rahola, o inglês Nick Cohen é jornalista. É judeu e já foi de esquerda. Ele publicou um livro há dois anos (What's Left?). O título é um jogo de palavras: o que é a esquerda neste começo do século 21? O que sobrou desta esquerda? Nick Cohen ataca com fúria seus ex-camaradas. Para ele, o socialismo fracassou no século 20. Com a causa perdida, para os esquerdistas modernos sobrou o o bizarro e sinistro endosso de qualquer movimento, mesmo da extrema direita ou que represente o fundamentallismo islâmico, como o o caso do Hamas, que se oponha ao status quo em geral e, especificamente, aos EUA e a Israel.

Em um delírio ideológico habitual, a esquerda de agora está acometida de uma síndrome identificada por Bertrand Russell como a crença na virtude dos oprimidos. Ser antiamericano e, por extensão, antiisraelense, é estar com os oprimidos. A esquerda e a crença na virtude dos oprimidos.

Reproduzido de:

B'nai B'rith Press Especial, 12 de Tevet 5769 - 8 de Janeiro de 2009

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